Puros & Vinhos

terça-feira, outubro 20, 2009

Maria 2006

Maria 2006 Alonso del Yerro (Ribera del Duero; 14,7º, 44€) - A cor deste tinto é no mínimo impressionante, absolutamente opaca, um granada tão cerrado que a luz nem consegue penetrar. Depois vem o aroma, um aroma denso, viscoso, profundo, enorme, cheio de chocolate, um colosso que intimida e quase atordoa. Potente, revela de imediato a fruta madura e generosa, as notas fumadas, tudo escuro e concentrado. Boca composta, acidez firme e assertiva, taninos duros, carácter mineral, estrutura mediana, não cai nos excessos de maturação. Tendo um final médio longo. Este é um vinho que não deixa ninguém indiferente. Nota:18

quinta-feira, outubro 08, 2009

COHIBA SIGLO VI GRAN RESERVA

  • É a primeira vez absoluta que a Habanos Gran Reserva elabora com as melhores folhas cubanas do tabaco de San Juan y Martínez e San Luis colhidos em 2003, e envelhecidos com cuidado por cinco anos antes de alcançar as mãos dos enroladores do charuto.
  • Eram ansiosamente esperados a chegada aos mercados mais selectos do mundo estes Cohiba Siglo VI Gran Reserva.
A Habanos s.a está satisfeita por apresentar o " Gran Reserva", lançado pela primeira vez na "Cohiba", o mais prestigioso do charuto no mundo.
Este lançamento absoluto Habanos Gran Reserva realça o carácter original de Habanos como um “Denominacion de Origen Protegida” (denominação de origem protegida).

O conceito de Gran Reserva significa o melhor do que Habanos faz. As melhores folhas cubanas do tabaco colhidas em 2003 foram seleccionadas, fermentadas e inspeccionadas durante um longo período de cinco anos. Todas as folhas usadas para compor um Habano - o envoltório, o enchimento e a pasta submeteram-se a este processo meticuloso de 5 anos. Aquelas folhas preciosas, após cinco anos de cuidado, são colocadas então nas mãos dos enroladores de charutos cubanos da fabrica da Cohiba no " EL Laguito" a fim de criar este Habano requintado para os fumadores mais distintos.

Além disso, a "emblemática vitola: Siglo VI" ( 52 x de 150mm) foi escolhido para a produção deste primeiro Habanos Gran Reserva. Cada parte do processo respeita os critérios que um grande conhecedor exigiria de um produto tão original. Do processo de fermentação cuidadoso usando o melhor tabaco de San Juan, de Martinez e de San Luis, ao processo da requintada selecção da mistura, supervisionado por 50 verificadores. Todos os elementos são verificados para combinar e respeitar o carácter original de um Cohiba.

Cohiba Gran Reserva é uma produção pequena, simplesmente 5.000 caixas numeradas que contêm 15 Siglo VI.
Nesta primeira fase o primeiro Gran Reserva de Habanos já é um sucesso, tomando em consideração as opiniões de fumadores, jornalistas, e de peritos que deram as avaliações máximas a este primeiro Habanos Gran Reserva, fazendo dele um artigo de colecção extremamente difícil encontrar.

Tamanho da fábrica: Cañonazo (52 x de 150mm)
Nome de Comercial: Cohiba SigloVI Gran Reserva 2003
Apresentação: 5.000 caixas numeradas com 15 unidades

purosevinhos@gmail.com

terça-feira, outubro 06, 2009

Prova de vinhos na Feira de Outubro 2009 Vila Franca de Xira



Começou a feira de Outubro 2009 em Vila Franca de Xira, e com ela aparecem as largadas de toiros. Motivo suficiente para fazer uma bela jantarada, regado com bons vinhos, enquanto observamos os belos e selvagens exemplares taurinos e o trabalho dos campinos na rua.

Nesta largada apresentaram-se 8 toiros: 4 com pelagem clara e 4 de pelagem escura. Fica aqui a apresentação de cada um deles:

Quinta Foz do Arouce 2008 Br ( Beiras) –É um vinho intenso com os "tiques" da madeira bem presentes, tanto nas notas amanteigadas como nos tostados fortes. Aliás as notas fumadas e tostadas neste momento têm uma predominância nas notas aromáticas. Mas também se distinguem notas de fruta exótica com interessantes sugestões a manga, maracujá, pêssego, alperce e torrada. A prova de boca revela um vinho gordo, redondo, untuoso, encorpado. A madeira está muito presente, talvez mesmo em demasia e infelizmente falta-lhe acidez para lhe dar maior vivacidade e o tornar menos plano. Nota:16.

Luis Pato Vinha Formal 2008 Br (Beiras) – Apresenta-se com cor amarelo suavel. Aroma complexo e elegante, muito feminino, apresentando bastantes notas florais e limão fresco. Madeira muito bem integrada no conjunto. Na boca o vinho é muito elegante, obtendo um belo equilíbrio entre o corpo e a acidez. Curiosamente sentem-se algumas notas de fruta do tipo pêra misturado com limão verde, um ligeiro mineral. Tem um final médio/longo que nos dá muito prazer. Nota:16,50

Paço dos Cunhas de Santar Vinha do Contador 2008 Br (Dão) – Apresenta uma linda cor amarela clara a cair para o esverdeado, muito límpida, brilhante . As notas aromáticas são dominadas pelo toque mineral, muito granito, pedra. Existem também aromas florais e aromas subtis a avelã. As notas citrinas surgem em evidência, bem como sugestões de pêra, ajudando a criar um vinho extraordinariamente complexo, equilibrado, denso, cheio de nuances. A boca é verdadeiramente elegante revelando sucessivas camadas, poderosas e maciças, de mineral, lima, muita pedra, tudo isto formando um conjunto complexo, sensual e mágico. É um vinho concentrado, elegante, harmonioso, misterioso, apresentando um corpo médio/cheio e um fim de boca longo! Nota: 16,50

Soalheiro Primeiras Vinha 2008 Br (Minho) - Cor amarelo citrino, aroma carregado de fruta tropical e sedutor, na boca existe uma explosão de fruta onde realço o Maracujá e Manga sempre com uma acidez assertiva, nunca deixando o vinho enjoativo, final longo. Nota: 16,50 ( sim, eu sei. Dei menos nota desta vez . Tudo tem a ver com o momento)


Turkey Flat cabernet Sauvignon 2005 Tinto (Barossa /Austrália) – Na abertura a rolha estava completamente coberta de vinho, deixando transparecer que talvez tenha entrado ar na garrafa.Cor vermelha, com alguns indícios de evolução cromática, bem visíveis nos bordos acastanhados. Nariz profundo, uma presença alcoólica discreta num conjunto de indiscutível complexidade e originalidade aromáticas, com uma conjugação invulgar de fruta. Brota a compota, notas de café, tudo aromas algo pesados e potencialmente perigosos para o equilíbrio aromático. A boca é poderosa, contundente mas muito doce e licoroso. Parece-me que o vinho sofreu uma evolução precoce devido ao defeito que identificamos no inicio por esse motivo não indico a nota do vinho.

Damana5 2007 Tinto (Ribera del Duero/Espanha) – Nariz original, distinto, misturando amora e mirtilo com um toque balsâmico. Na boca transparece atributos de peso como elegância, finesse e subtileza. Apresenta-se redondo, complexo na longa evolução, fresco. A estrutura não impressiona mas a qualidade dos sabores a fruta, especiarias e vegetal estimulam positivamente o sentido do paladar. Está pronto a saborear. Nota:15


Herdade dos Grous Reserva 2005 Tinto (Alentejo) – A pureza e sensualidade da fruta alentejana estão dentro do copo, vincadas pela personalidade da ameixa. As especiarias surgem por detrás deixando rasto a baunilha e noz moscada, de agradável perfil, tudo avivado por uma frescura notável, equilibrada. Na boca mostra raça, estrutura, equilíbrio respeitável. Termina longo, com persistência de sabores a madeira, fruta e especiarias. Os taninos polidos, domesticados, cooperam com a acidez dando profundidade ao corpo no final de boca. Um conjunto imediato, apetecível, muito alentejano nos sabores. Nota:16,5


Anaperenna 2007 Tinto (Barossa / Austrália) – Este vinho de Ben Glaetzer teve inspiração na deusa Romana Ana Perenna, a deusa do novo ano. Em Março (1º mês do calendário romano) fazem um festival em sua honra, dizem que cada copo de vinho bebido nesse dia, equivale a mais um ano de vida (foi pena só ter comprado 1ª garrafa). O primeiro impacto não engana - estamos perante um grande vinho. Nariz denso, profundo, com fruta madura a lembrar compota de cereja e ginga. A madeira confere estrutura ao carácter da fruta, introduzindo componentes a café, caramelo e chocolate. Mas a virtude reside na vivacidade e frescura deste conjunto de aromas, carinhosamente envolvidos por uma vertente vegetal/balsâmica. Na boca revela força, estrutura, densidade. Os taninos pujantes, plenos de densidade, agarram o palato com garra, aprofundando sabores a fruta e café. São secundados por uma acidez fresca que prolonga a nossa imaginação para além do real. Tem raça e futuro esta deusa romana. Se aprecia a opulência, este é o seu vinho. Nota:18

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