CRÓNICA DO JANTAR DE 3º ANIVERSÁRIO
Só falar dos nomes, o espirito de qualquer apreciador de vinhos treme ao serem pronunciadas as palavras mágicas.
Mas falemos mais a sério! Esta prova tinha como ideia principal comemorar o 3º aniversário do grupo Puros & Vinhos e ao mesmo tempo colocar em confronto alguns dos vinhos de topo do panorama Nacional.
Deste modo foram lançados para cima da mesa os seguintes 3 vinhos, que seriam testados na arena em prova cega: Campo Ardosa RRR 2003; Charme 2004 e o Cortes de Cima Reserva 2003.
Nesta prova juntaram esforços para testar as pingas os elementos dos designados “PUROS & VINHOS”, Luis Diniz, Paulo Sousa, António Chaparro, Luis Pedro, Nuno Cardoso, Nuno Santos, Paulo Serra, Sr. Presidente José Matos, Mário Cerejo, Rui Pita, Nuno Anjos, Nuno Fernandes, Pedro Lilaia, Mário joão, António Amaro e o Barata. Os vinhos foram decantados 1 hora antes do jantar e quando se apresentaram na mesa era tudo tinta-da-china! Muito escurinhos o que já adivinhava o altíssimo grau de dificuldade da prova.
Os vinhos revelaram estar em grande forma, evidenciando uma grande qualidade, apresentando a irreverência própria da juventude. Aliado a isto tudo, tínhamos a robustez , a elegância e o elevado grau alcoólico, estilo muito marcante nesta gama de vinhos.
Os resultados obtidos foram bastante interessantes, sendo a diferença na pontuação média absoluta entre o 1º e o 3º classificado pequena.
A classificação ficou assim ordenada:
1º Cortes de Cima Reserva 2003 18,0 valores
2º Campo Ardosa RRR 2003 16,93 Valores
3º Charme 2004 16,63 Valores
O vencedor foi o Cortes de Cima Reserva 2003, foi o vinho que reuniu maior consenso entre os confrades, sendo o melhor para a grande maioria. O Alentejo é pródigo em vinhos frutados e generosos, de que este não é excepção, mesmo se situa num patamar nitidamente superior à norma. Este tinto de cor rubi começa por nos bafejar com fortes notas fumadas, uma colecção variada de aromas de torrefacção. Mas a fruta é uma aliada de peso, e não se faz rogada no copo, revelando a amora, cassis, ginga, e um toque exótico de figo. Com o tempo, descobrem-se as especiarias, a noz moscada, as sugestões de caça e uma pincelada de cedro que lhe assenta bem.
Entra fino e escorreito, delicado, para logo crescer em dimensão, sempre apoiado numa acidez fina que nunca ultrapassa as raias da decência. Volumoso e cheio, estruturado, denso, mas simultaneamente delicado. Final longo, bem prolongado e duradouro, temos um grande reserva de Cortes de Cima a mostrar que o Alentejo também sabe fazer grandes vinhos. Como JPM diz no seu livro, vale a pena degustar este vinho e ao mesmo tempo falar sobre ele.
Em segundo Lugar ficou o Campo Ardosa RRR 2003, o must dA Quinta da Carvalhosa. Eis a edição "luxuosa" do Campo Ardosa, a edição Reserva desta surpresa alemã no Douro. Curiosamente, os produtores optaram por lhe chamar RRR e não reserva. A explicação para o nome é muito curiosa. Deste vinho planeiam-se fazer apenas duas ou três edições por década e o triplo R, com a insistência na inicial de Reserva, pretende demonstrar a exclusividade do vinho. As castas utilizadas são as mesmas que no Campo Ardosa "normal", o tempo de estágio em madeira também é o mesmo, apenas difere o cuidado na selecção das uvas. Estas foram seleccionadas bago a bago, procurando sempre os bagos mais maduros, mesmo já com alguns princípios de desidratação. No fundo bagos perfeitamente saudáveis, mas já ligeiramente encarquilhados.
Cor vermelha retinta, sem exageros de coloração, mas aparentando grande concentração, cor cerrada, compacta, densa, profunda. Digamos que é um bom prenúncio do que vem a seguir. É excelente a concentração de fruta de muito bom recorte. Fruta preta e vermelha, intensa, de extraordinária elegância e graciosidade. Bela integração alcoólica, sem pontas a descoberto. Madeira de boa qualidade, bem integrada na estrutura do vinho.
Muito elegante na boca, rendilhado, proporcionado, harmonioso, tem tudo no sitio certo. É um modelo de finura, de bom gosto, de equilíbrio. Confirma a fruta distinta, e mostra que tem taninos possantes, mas muito bem comportados, bem "domesticados" e a obedecer ao dono. Longo fim de boca, ajudado pela acidez fina, mas discreta. Muito agradável o toque mineral que se sente na retaguarda. Demonstrando que um bom vinho é elegante desde o inicio, mas ainda tem potencialidades para evoluir consideravelmente no futuro. Um Reserva a reservar sem hesitações.
E em 3º lugar ficou a decepção para alguns, o Charme 2004. Bonita cor vermelha retinta, densa, cheia, mas sem chegar aos exageros das novas "bombas de cor" durienses.
Suavidade e compostura, eis a primeira sensação transmitida por este Charme. Fruta preta muito aristocrata, muito bem educada. Tudo da mais distinta linhagem. Sempre a apostar no charme e na discreta elegância. Este seguramente não é um vinho "pato bravo", não existem dourados nem ornamentos desnecessários. Felizmente, e um pouco ao arrepio de uma certa moda recente do Douro, a integração alcoólica é perfeita, não se sentido a sua presença, tal como é recomendável. A outra excelência reside no trabalho efectuado com a madeira, a louvar pelo esmero e integração. Existe no final, uma vertente aromática do vinho que nos remete para a doçura, mas não em intensidade suficiente para prejudicar a prova.
A boca é plena de concentração. Confirma a presença de fruta elegante, mantém o equilíbrio e elegância, mas aumenta consideravelmente o grau de concentração. Todo ele é fino, elegante e clássico, sem extravagâncias nem lantejoulas. Mas não deixa por isso de mostrar o seu lado de suave força da natureza.
Antes da prova cega, no inicio do jantar foi servido o Champagne Deutz Blanc des Blanc Millesime 1998 para brindarmos ao 3º aniversário, Tonalidade ouro palha. Perfil combinando pêssego e alperce. Ataque com gás proeminente com bolha média/fina. Mousse abundante mas a pedir mais finura. Perfil moderadamente seco com os sabores citrinos a prolongarem-se num longo final. Alguma garra num champanhe que pedia também alguma finesse.
13,58 Valores
Depois com a entrada bebemos o Guru 2005, Cor amarela dourada, sem ser demasiado pronunciada, uma cor linda que desperta curiosidade imediata. Aroma com forte presença vegetal, notas claras de barrica, presença explícita de fruta cozida e fruta em calda, sem no entanto insinuar qualquer tipo de doçura. Pêra cozida, alperce em calda, é um branco deveras original e apelativo.
Estruturado, cheio, denso sem nunca ser viscoso, confirma por inteiro aquilo que o nariz sugeria. Seco, cristalino na acidez, temos um vinho de guarda, um branco diferente que nos revela qualidades e virtudes inesperadas. Não será um branco consensual, não tem fruta fácil e evidente, não tem aromas tropicais, mas tem "raça"!
15,46 Valores
Relativamente á vertente gastronómica, iniciámos o repasto com uma Escabechada de codorniz c/maça caramelizada e cenoura algarvia ( Baixo ) feito a preceito pelo chefe Valter do ainda desconhecido Restaurante Aquárius do Hotel Leziria Parque em VILA FRANCA DE XIRA.
Como pratos principais tivemos, uns Churros de farinheira, maçã e porco preto em marinada de carqueja ( Cima Direita ) e uma Perdiz c/uvas, migas de grelos e salteado de figos burro ( Cima Esquerda ), que se revelaram uma carne que feitos a preceito na sua confecção e ligou muito bem com os vinhos.
Atenção estes pratos não estão na ementa do restaurante, pois segundo me disseram não existe mercado em Vila Franca para pratos deste tipo. Mas podem sempre pedir á Lidia Conde para elaborar uma ementa mais cuidada para uma ocasião especial.
Para terminar a noite um Kopke Vintage 2003 que acompanhou muito bem com os puros disponibilizados para o evento.
17 Valores
Assim terminou uma prova com grandes vinhos. Muitas surpresas que deixarão os enófilos mais apaixonados com muitas dúvidas e que animarão as conversas! Agora que venha a próxima.
P.S. Um obrigado a todos os presentes, que sem eles não seria possivel elaborar este fabulosos jantar. Por último, volto a dar em nome do grupo os nossos sinceros agradecimentos a Lidia Conde, Luis e ao Cheff Valter do Hotel Leziria Parque em Vila Franca de Xira. Não fossem o seu empenho e a sua total disponibilidade e nada disto teria sido possível.
53 Comments:
Os meus sinceros parabéns,por mais esta grande crónica assinada pelo nosso Presidente.Espero nunca ter que "levar na cara",que é sempre o Presidente é que faz sempre os artigos para o blog,mas fico descansado porque os amigos nunca cobram aquilo que nos oferecem.
Um abraço a todos os Puristas e em especial ao nosso Presidente
Parabens a todos os presentes e eu acho que o jantar foi espectacular.Bons pratos e bons vinhos e boa companhia.
1 abraço a todos os bloggistas puristas.
Já agora,não se vê na foto "O Diabo".
Apliando a foto já se consegue ver, O Diabo,o Advogado dele e o resto da malta com Má fé...
Excelente descrição do jantar e das "pingas", um dia ainda vou conseguir descrever um vinho desta forma....com a vossa ajuda é claro.
Desde ja os meus sinceros parabéns ao nosso presidente pela crónica.
Tudo ao mais altissimo nivel excepto a discussão em torno das "famosas multas" que só vieram acinzentar uma noite de "estrelas".
Um abraço a todos os bloggers.
Eu gostaria de poder comentar mas como na crónica do nosso presidente o meu nome não aparece nem é citado apesar da minha cabeça aparecer, na foto de grupo, vinte centimetros acima de todas as outras, sou completamente esquecido e ignorado!!! Tudo isto tendo as multas e quotas em Dia.... Na minha próxima visita a Madrid não me peçam vinhos para jantares pois não se pede nada a "fantasmas"...... A não ser que exista má fé!
Não foi por mal mas não enviei um abraço a todos os amigos dos Puros & Vinhos ( onde se inclui necessariamente o Presidente...)
Tenho de pedir desculpa ao confrade Mário João, pelo lapso.
É que trabalhar e fazer uma crónica em tempo record,tem as sua dificuldades, e alguma coisa tinha de falhar. E ainda por cima aconteceu com uma pessoa pela qual tenho muito estima.
Penso que já está reposta a normalidade.
Ps. Sousa será que o diabo está a atentar-nos (foto)
Quero fazer um pedido a todos os Bloggers puristas.Deixem o assunto do "Diabo" e da "Má fé" para traz porque eu acho que já foi mau demais (e daqui para a frente é só para enervar...), por isso acho que devemos começar a discutir, por exemplo, novos projectos para futuros eventos( ex. visitas a adegas, quintas ou outras actividades ligadas ao vinho).
1 abraço
Podiamos fazer uma visita á Adega do Diabo e á Quinta da Má Fé...
Aos poucos o Lobby do Douro começa a ser desmascarado...Que grande Vinho do Alentejo...CORTES DE CIMA RESERVA 2003.
Que grande jantaradas fazem vocês!
Rui Miguel
Não desesperes Rui um dia também vais estar presente,como convidado de Honra.
Rui teremos todo o prazer em convidá-lo para um dos próximos eventos.
Foram servidos Grandes vinhos, mas um destacou-se foi o Cortes de Cima, com um perfil totalmente diferente do RRR e do Charme, mto mais complexo que foi numa crescente evolução até ao final do jantar. Enquanto os outros eram mais delicados e directos. Estilos diferente mas não deixando de ser grandes vinhos.
A WINE SPECTATOR deu 90 pontos a um vinho da estremadura:
Quinta das Cortezias - Touriga Nacional 2004
A maior classificação de sempre para um vinho da estremadura.
E q tal p o jantar de NATAL um vinho da nossa região.
Reposta a normalidade e tendo sido reintegrado de modus sanus um abraço especial e de retribuição pelas palavras amigas do nosso presidente.
A propósito das palavras pego nas do confrade Chaparro, a quem e desde já do alto desta tribuna envio um abraço amigo, pego dizia eu nas palavras e não nos touros que para isso é preciso tê-los no sitio e os meus estão um bocadinho descaídos... nas palavras acerca de deixarmos para trás e seguirmos em frente para outras aventuras vinícas, charutadas e alguns toiros que são ao fim e ao facto desculpas para juntarmos este grupo de amigos que acima de tudo se respeita !
E venha o Quinta das Cortezias para o nosso repasto de Natal....
Um abraço a todos os puristas sem excepção.
O vinho chama-se Quinta da Cortezia,localizada em Aldeia Gavinha.
Um abraço a todos os Puristas convictos.
Obrigado pela correcção.
Onde fica a Aldeia Gavinha?
ola
http://www.youtube.com/watch?v=-Qh0oWM4jBM
espero k tenho gostado
Aldeia Gavinha,Concelho de Alenquer,localidade mais próxima Merceana.
Toros á solta em Vila Franca...
Sabiam que os charutos em Portugal já são mais baratos que em Espanha?
A revista Epicur trás o comparativo dos preços em Portugal e Espanha leiam porque acabaram as excursões a Badajoz.
Isto das fotos aparecerem cada vez que se escreve uma linha é uma mariquice do caraças..... que não sei se coaduna com charutos e vinho tinto !Nem de nucleos taurinos!!!!!
Quanto aos charutos , agradecendo desde já a informação, creio que era já de conhecimento público !
Badajoz só a caminho de Madrid ou de Olivenza para a feira taurina! Os que vão claro ! Porque há aqueles que dizem que touros só miuras e em VFX.... e depois vai-se a ver e não aparecem!!!!!!
Bom fim de semana.
Bela crónica, belo repasto. Tenho uma Cortes de Cima na garrafeira do meu pai pronta para ser aberta este Natal, e com a ajuda desta descrição, já me cresce água na boca. Só falta um apanhado dos charutos que foram fumados, já agora era engraçado saber o que foi fumado. De Espanha, basta andar na net atento, por exemplo: www.mycigarsite.com, que vem lá a lista actualizada dos preços dos puros em Espanha, e é só comparar.
Bela crónica, belo repasto. Tenho uma Cortes de Cima na garrafeira do meu pai pronta para ser aberta este Natal, e com a ajuda desta descrição, já me cresce água na boca. Só falta um apanhado dos charutos que foram fumados, já agora era engraçado saber o que foi fumado. De Espanha, basta andar na net atento, por exemplo: www.mycigarsite.com, que vem lá a lista actualizada dos preços dos puros em Espanha, e é só comparar.
Pela minha parte posso informar que o Puro escolhido para a ocasião foi um Partagas Lusitania,que se portou muito bem,aliás é um dos puros da minha preferencia.
Um Abraço
O Puro escolhido para a ocasião foi o Bolivar Belicoso Fino, e retive as seguintes caracteristicas:
Bom tiro, queimou na perfeição, suave, ligeiro chocolate, combinou bem com o Vintage disponibilizado.
Um abraço
Lusitanias, também um dos meus preferidos até hoje. Quanto ao Bolivar, apesar de já ter fumado alguns belicosos, nunca fumei nenhum Bolivar. Mas deixo a referencia de um que me marcou, o da Sancho Panza que achei ótptimo.
A minha escolha recaiu num Partagás Série D N.º 3 - Edicíon Limitada 2006, que é bem bom!
Caro Paulo Sousa
Sem contestar minimam/ as vossas "conclusões", não resisto a acrescentar um comentário: para além de ter muito a ver com o acompanhamento (pratos), dos outros (charmes e comp.) só se começa a gostar mais quando começamos a ficar fartos de "cortes"...
E, pelo que já vi so vº blog, para bom entendedor meia palavra basta...
PS noutro dia organizei 1 jantar onde tenho a certeza que 9 em 10 eram seguramente "esmagados" por qualquer cortes reserva... no entanto, não trocava uma única garr. desses 9 por caixas de cortes...
http://chezpirez.blogspot.com/
Abraço amigo e desculpem a "intromissão"
Caro Luis Ferreira
Não sei se a prova que fez no seu jantar foi prova cega??? mas não tinha tanta certeza, se estes três vinhos entrassem na prova, em prova cega com os seus não haveria surpresas!!!
Não haja duvida que reuniu um excelente leque de "rotulos" nesse jantar, mas não tenho a oportunidade (EUro) de os conseguir num só jantar, pois não tenho um Clube de vinhos (Winept) de referência nacional.
Já agora como está o Chateau Margaux Pavillon Rouge 2003, acabei de o adquirir no seu clube e gostaria de saber se já está bebivel, ou será melhor esperar alguns anos.
é que tenho tido azar nos vinhos Franceses, nunca são grande coisa. E eu deposito grande esperança neste.
Um Abraço
Sr Luis Ferreira,seja muito bem vindo ao nosso blog.Em relação ao que referiu é a sua opinião,a nossa mantém-se.
Já agora chamo a sua atenção á prova que se realizou em França,onde os vinhos que esmagavam qualquer Cortes,não tiveram um comportamento muito bom.Terá sido dos pratos?
Um abraço
Paulo Sousa
Caro Paulo Sousa
Percebeu mal e/ou não me expliquei bem. Disse o contrário do que afirma, ou seja, estou convencido que 9 em 10 eram "esmagados" pelo cortes (e não que o esmagavam). Mas nem por isso deixam de ser melhores...
caro Presidente
Ao contrário do que possa julgar, também não nado em "oportunidade$"... apenas muita paixão, muitos rombos no orçam doméstico e, graças ao clube, isso sim, oportunidade de (aprender a) comprar melhor que a maioria.
De resto, agradeço sinceramente o elogio, pois se o clube é referência de alguma coisa será mais justamente pela paixão que reflecte do que pelo €s envolvidos...(acredite que o vinho em Portugal... não é fácil).
Quanto ao que interessa... Pavillon... eu acho óptimo agora e durante mais 3/4 anos. Mas repito, depende do que procura. Volume e estrutura? Fineza e precisão? Aromas...? As desilusões quase sempre vêm daí, da expectativa... Se espero garra e velocidade, se calhar fico desiludido com um Rolls... Se espero conforto, concerteza vou maldizer a fortuna que custa um ferrari...
Transpondo isso para o vinho, ainda é mais subjectivo. Acredite que lhe arranjo éne Zinfandeis de meia duzia € que, às cegas, e para quem procura volume e estrutura, arrumam com o tal Cortes... como este "arrumou" com o Charme (imho a melhor coisa que se fez em Portugal). Depois, dê-lhes tempo e vai ver onde está a exuberância daqui por 10 ou 15 anos...
Mas, enfim, a ideia era felicitá-los pelo nível e gosto, não queria por nada vir aqui maçar, muito menos dar "ares" professorais. Acima de tudo o vinho é para se gozar e cada um desfruta à sua maneira.
Pelo que vi no blog, mais que Pavillons, atrevia-me a sugerir Pegau (Já provou?), nunca Bordéus...
Embora, pelo caminho que levam (daí os meus parabéns), não tarda estão lá (Paulo Sousa incluído ; )
Abraço amigo e boas provas
Caro Luis Ferreira
Não maçou nada, até gostamos de opiniões divergentes, para podermos discutir, e aprender.
Obrigado pelo elogio feito ao blog.Espero que não tenha levado a mal as considerações feitas.
Realmente procuramos vinhos com estrutura e fineza ao mesmo tempo, e por isso eu considero o Charme o melhor vinho português feito em Portugal, assim como o Redoma Reserva o melhor branco.Niepoort no seu melhor. Mas sabe como é numa prova onde estão 16 provadores, o resultado nunca é concensual.
quanto ao estilo dos vinhos franceses ele não é o mais atraente, não existe a exuberâcia da fruta, não nos enche a alma, é sempre um pãozinho sem sal.
Com a ajuda da winept já tenho uma boa selecção para uma prova, e que tal:
Clos apalta 2003; Almaviva 2003; pavillon rouge 2003;Pintas 2003 Sassicaia 2003( não foi na Winept)
Aqui já estariamos próximos?
Um Abraço
Caro amigo (se é que me permite, porque a do "presidente" sem saber o nome não me soa muito...)
Mal de mim se levasse a... mal, haver cada vez mais interessados e apaixonados pelo vinho. Acho até muito bem que as opiniões de cada um evoluam por si e não pelo que os outros dizem. De resto sobre esse ponto da conversa e sem qualquer tipo de arrogância... daqui por 1 ou 2 anos falamos.
Como diz um tipo de voz roufenha "time is on my side..." ; )
Agora mais a sério e sobre o que pergunta... lá está... No meio dos outros, Pavillon e Sassicaia correm o risco de desiludir ( e garanto-lhe que não são piores). talvez até mais o segundo. O resto parece-me bem interessante. ...E mais próximo ficariam trocando por exemplo esses 2 por um Puntido, Aalto ou Meao 03...
PS no género, acho o Apalta grande, grande vinho.
PPS e deixe lá o parentesis do italiano (ainda sei o que lá temos rsss). Acredite que ficava feliz se houvesse mais concorrência...
Olhe, uma ideia, se gosta de fruta e quer introduzir aí uma nota "dissonante" que é capaz de não sair mal... um engraçado que veio há pouco - Fabre Montmayou 03 (Argentina mas em altitude) e uma dica doutro que nem está no winept (há-de estar...) Pellada 03.
PS É um pellada muito especial, embora ninguém pareça ter dado por isso...
Sou presidente porque os confrades me elegeram presidente do grupo.
O meu nome é Luis Diniz (Ldiniz), costumo participar (poucas) no forum dos 5as8, e nesse site dos está lá uma das primeiras provas feitas pelo grupo Puros & Vinhos, a chamada "prova épica".
Obrigado pelas preciosas informações.
Um abraço
Luis Diniz
Muito obrigado pela explicação Sr Luis Ferreira,apareça sempre e dê-nos a sua opinião,só temos a aprender.
Um abraço vinico
Paulo Sousa
P.s - O nosso presidente chama-se Luis Dinis
De qualquer forma chamo à atenção do nosso presidente que o facto de serem 16 provadores em prova cega e de por vezes o gosto não ser concensual nesta prova não quis dizer nada pois foi CONCENSUAL que naquele dia, naquela prova cega o CORTES.... foi o melhor vinho que veio à mesa ! que esse facto levasse toda agente a pensar que se estava na presença do CHARME é que nos "tramou" e deixou de boca aberta a todos ( talvez a influência do que se lê ou do marketing a funcionar ) ! E o CORTES... sempre ganhou por 1,37 pontos de diferença !
Abraço a todos
Mário João como está na crónica o que reuniu maior consenso foi o cortes de cima que adquiriu 13 melhores pontuações, o que não deixa margem para dúvidas, mas houve 3 confrades que gostaram mais do segundo, e eu dei a mesma pontuação ao cortes e ao Charme (18 valores). E acertei qual era o Charme, trocando os outros dois.
A diferença das minhas pontuações foram 0.5 valores enquanto alguns tiveram diferenças de 4 valores e por isso é que houve essa grande diferença.
O Cortes de Cima foi sem duvida o vencedor da noite, ninguém lhe tira esse mérito, ponto final parágrafo.
Luis Diniz
PS: Alguns confrades deram nota 8 ao Guru, acha que eu contei com essa nota para a média final,Not
Caros
Longe de mim, mais uma vez, pôr em causa seja o que for. A ideia era lembrar que essas conclusões (e pior quando resultam de médias, painéis de provas, etc) não nem sempre são definitivas. Pelo contrário, a experiência mostra que a maioria das vezes dizem mais do nosso gosto do que dos vinhos em si…
Porque estamos a provar numa sequência…
Porque é inevitável entrarmos em comparações…
Porque o nosso “cérebro” regula essas comparações, ainda que inconscientem/, a partir de parâmetros que, em dados momentos, a nossa memória olfactiva retém (os + fáceis e óbvios, álcool, corpo, etc… e não perfumes mais subtis, etc)…
Porque são abertos, decantados e tratados por igual quando, se calhar, cada vinho, para estar no seu melhor, requer “tratamentos” muito diferentes… (detalhes como meio grau temp., agitação, tempo de abertura, etc, pode mudar tudo…)
Porque, porque, porque…
Enfim, há algo que alguém me ensinou 1 dia e que é 1 das verdades insofismáveis do vinho (quando chegamos a determinado nível): “não há grandes vinhos. O que há é boas e más garrafas”…
Penso que dá para perceber…
O que não quer dizer que naquele momento, naquelas condições não pudesse resultar assim…
Um caso prático: imaginem a nata dos ditos críticos/provadores numa prova o mais completa possível (tudo quanto produtores e comerciantes quiseram enviar, i.e. éne vinhos nossos e éne do mundo). Aí uma centena de garrafas, às cegas e numa ordem completamente aleatória… repito, com a nata dos provadores. Feitas as médias, etc… 3º classificado…Surpresa: Casaleiro, sim, casaleiro Syrah! Com 90 e mtos pts. Houve até um escriba “conceituado” que, salvo erro, lhe deu 98…
Eram todos burros? Não sabem provar? Não, apenas naquele momento, naquela ordem, foi o que pareceu à maioria dos presentes… Com a certeza porém (absoluta) que nenhum, mas nenhum deles, com calma, à mesa, num bom jantar e de volta dessa garrafa, apreciando devidamente todas as nuances, nunca mas nunca chegariam perto dos 90…
PS aconteceu mesmo. Ninguém me contou...
Boa tarde,parece-me que o sr Luis Ferreira(corrija-me se estiver enganado),está a tentar tirar algum mérito ao Cortes.
Corrijo sim sr. amigo Paulo Sousa: estou apenas a tentar dizer que é 1 perfil muito diferente dos outros (e muito mais adequado a provas/comparativos). O que é muito diferente de tirar mérito.
Dentro do género, tem todo o mérito e mais algum. Só por curiosidade... sabe que vinho "usei" para convencer/converter a minha mulher a começar a acompanhar-me? Entre milhares de hipóteses, naqueles jantares de mandar vir uma pizza para os miúdos... Chaminé (cortes de cima)! E bingo! Resultou... até hoje.
PS sabe qual foi o 1º lugar na tal prova do casaleiro...?
Cortes Cima TN!!! Elucidativo. Agora não podemos é comparar bolas de futebol com bolas de vólei ou de basket... cada 1 tem a sua finalidade ; )
Mais, é só uma opinião. Como a sua ou de qq outro.
Abraço amigo e boas provas
Sr Luis Ferreira é curioso,mas a única vez que vi a minha mulher impressionada com um vinho foi com o Incógnito.Ficou espantada com os aromas.
Um abraço
Paulo Sousa
7 de Dezembro,a data do jantar...Puros e Vinhos.
Está na altura de começar a escolher os pratos...
Ainda agora falei com a Lidia, o mais tardar amnhã serão expostos os pratos, para escolhermos.
Confirmações de presenças no jantar:
Luis Diniz
António Chaparro
Paulo Sousa
Mário João
Luis Pedro
Serra
António José Matos
Velho
Xalana
Mané
Pita
Malé
Falta Confirmação:
Nuno
Mezaros
Lilaia
Barata falta por se encontrar no estrangeiro
Toninho falta por motivos laborais
Confirmações de presenças no jantar:
Luis Diniz
António Chaparro
Paulo Sousa
Mário João
Luis Pedro
Serra
António José Matos
Velho
Xalana
Mané
Pita
Malé
Nuno
Mezaros
Falta Confirmação:
Lilaia
Barata falta por se encontrar no estrangeiro
Toninho falta por motivos laborais
Um abraço a todos os puristas do nosso Puros & Vinhos e já não falta muito para o nosso jantar. Venha a proposta dos pratos e dos vinhos...
Um abraço a todos os puristas do nosso Puros & Vinhos e já não falta muito para o nosso jantar. Venha a proposta dos pratos e dos vinhos...
Estou á espera da proposta para os pratos. Quanto aos vinhos, a unica coisa que posso dizer é o nome do jantar :
Uma volta de "Carrocel" com uns "Pintas" junto á "Torre do Esporão"
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