9ª PROVA Á QUINTA
Van Zellers Branco 2007 (Douro) – aparece-nos no copo um quase incolor, um amarelo muito pálido. Embora o nariz não seja muito comunicativo, descobrem-se notas minerais agradáveis, abundante fruta citrina com predominância de limão, um fundo de alfazema. Na boca é a maçã Granny Smith que comanda, muita maçã verde num vinho austero e seco no final, com um belo comprimento de boca. Uma junção curiosa entre potência, estrutura, secura e finura no mesmo copo.
Média: 14,44
Preço: 11€
Grau: 12º
Valle Pradinhos Branco 2007 (Trás-os-Montes) –Mal desperta do curto cativeiro em botelha, este vinho alegra-nos com inebriantes aromas florais, uma lufada inicial de flores silvestres que em menos de 10 minutos evolui para a pêra cozida, o medronho e os citrinos. E claro, como não podia deixar de ser, despontam as fortes sensações minerais. Boca extremamente suave, muito leve e harmoniosa, é um modelo de suavidade, finura, elegância, um vinho muito feminino, terno, deleitoso, quase cândido. Claro que bebê-lo agora é puro infanticídio, mas ao mesmo tempo é uma alegria poder provar um vinho tão generoso nos aromas. Tem uma excelente RQP .
Média:16.32
Preço: 7€
Grau: 13.5º
Uvas: Gewurstraiminer, Riesling e malvasia Fina
Valle D’Algares Branco 2006 (Ribatejo) – Aroma límpido e fresco muito contido. Boca redonda, rechonchuda, mas "cortada" e animada por uma acidez segura que o envolve e embrulha. Mostra-se delicado, civil, polido e primoroso, sendo astuto e perspicaz nos detalhes. Apesar da acidez e mineralidade evidente, adivinha-se uma certa gordura nas profundezas do palato que o torna exótico e original. Finalmente, descobrem-se a pêra e tangerina no paladar, num final em crescendo e evidente progressão. É preciso nos objectivos e profundo na dimensão, devendo ser consumido nos próximos três a cinco anos. Um senão o seu elevado preço.
Média: 16.69
Preço: 21€
Grau: 14.5º
Uvas: Viognier
Johann Müllner Krems-Austria Riesling 2007 (Áustria) – Cor amarelo clara, a apontar para o amarelo palha. Aroma muito floral, muito fresco, com leves nuances minerais. A fruta também dá o ar de sua graça, numa presença discreta mas elegante.
Boa acidez, palato directo, sem grande complexidade, mas extremamente agradável de beber. Mineral qb, tem um fim de boca médio/curto, sem grandes floreados. É um vinho simpático e alegre, feito com competência, mas a que falta maior profundidade e complexidade. É declaradamente um vinho para um consumo rápido, sem grandes preocupações.
Média: 15.38
Preço:11€
Grau: 13º
Uvas: Riesling
Chateau Marsau 2005 Bordeaux Cote de Francs – (França)- O nariz revela compota de fruto, baunilha, madeira e sensações atípicas a sumo de tomate. O estilo, concentrado, é contrabalançado por um toque a mentol. Na boca entra amplo, fresco, viscoso, terminando longo, com taninos firmes que prolongam sabores a madeira e mentol, de boa qualidade. Consegue revelar um bom equilíbrio de boca apesar do seu estilo concentrado.
Média: 16.25
Preço: 9€
Grau: 14.5º
uvas: Blend Bordalês
Torres Salmos 2005 (Priorat/Espanha) –Está longe de ser um portento de cor e concentração de cor, mas a limpidez e o brilho inspiram muita confiança. Poder alcoólico bem expresso na glicerina, sem que aromas e sabores acusem a sua presença. Ao nariz são as notas tostadas da madeira que saltam logo de início. Sugestões a canela, a vincar-lhe o toque especiado, bem como frutos vermelhos, muito suave vegetal e apontamentos de marmelada. Muito apelativo, com o arejamento a revelar muita harmonia entre as notas minerais, o fruto e o café. Corpo mediano, com uma entrada muito macia e suave, irrepreensível na acidez, ligeira quebra na evolução para recuperar para um final com uma boa concentração e prolongamento de sabores especiados e tostados. Taninos muito bem entrelaçados com o corpo do vinho. Ganha francamente no final. A forma subtil como a acidez e a estrutura de taninos toldam o palato são reveladores de uma intenção clara em produzir um vinho que privilegia a finura e a elegância. Não alinha pelo estilo potente que fez escola no Priorat, mas é um vinho saboroso, muito envolvente e muito harmonioso. Um Priorat com um toque feminino a reivindicar copos à altura para que possa ser devidamente apreciado.
Média: 17.07
Preço: 20€
Grau: 14.5º
Uvas: Syrah, Garnacha Tinta e Mazuelo
Cortes de Cima 2005 (Alentejo) - Aroma elegante, fruta muito saborosa e doce, baunilha bem presente, leves percepções florais, temos o novo mundo em pleno Alentejo! O difícil mesmo é não gostar de um vinho assim! A fruta salta à vista, a acidez dá-lhe a frescura necessária para assegurar o equilíbrio, está tudo no sítio certo neste tinto.
Média: 15.44
Preço: 10€
Grau: 14.5º
Uvas: Syrah, Aragonês, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon
3 Comments:
Boa tarde caros confrades
Como este blog é de vinhos (penso eu) deixemos as outras coisas menos importantes e falemos de vinhos.
Aqui ficam duas notas minhas sobre dois vinhos que provei.
GLEN CARLOU - Quartz Stone Chardonnay 06
Excelente Chardonay.
Amarelo dourado, limpisssimo, translucido.
Ananás, frutos tropicais, pimenta branca, lima
Frescura e mineralidade surpreendentes.
Frescura vibrante, mas muito, muito equilibrado.
Bom final de boca. Complexidade média, acompanhando completamente os aromas principais descobertos no nariz.
Melhor chardonay que já provei. A 18€ trata-se em minha opinião de uma execelente compra.
Deixo a aqui a minha proposta que possa ser provado no próximo jantar.
Vale Pradinho 2005, tinto.
Este nem o classifico. Mas ia tão bem impressionado pelo branco que decidi provar o tinto. Não justifica em minha opinião os quase 9€ que custa.
Fruta muito parca, com algumas boas nuances, mas com um fim de boca muito curto e com os taninos um pouco desiquilibrados.
Abraços e bons vinhos
Esse vinho foi provado na 3ª prova á quinta em Fevereiro e teve uma excelente nota.
Foi o primeiro vinho da África do Sul que provei e fiquei bastante bem impressionado.
um abraço
Valle Pradinhos branco até agora melhor relação qualidade/preço...6.93 na Garrafeirra São João...é de comprar ás caixas...paletes...
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