4ª PROVA Á QUINTA DE 2008
Robert Mondavi Private Selection 2005 Cabernet sauvignon (USA/California) - Os aromas são dominados por uma sensação de terra húmida, fruta vermelha e preta, um certo aroma campestre que não é frequente. No entanto está sempre presente um componente rústico que a prova de boca se vai encarregar de confirmar.É guloso na boca, frutado, rústico, mas sobretudo revela uns taninos super-poderosos. É adstringente em demasia para o meu gosto, o que lhe retira algum do prazer na prova e o torna demasiado rústico. É um vinho sólido, mas a quem falta elegância.
Nota:15
Preço: 15$
Cavalo Maluco 2005 (Terras do Sado) - O "Crazy Horse" português apresenta cor vermelho vivo, quase violeta, com boa concentração e excelente impacto visual. É muito interessante verificar que a primeira "cheiradela" transmite de imediato uma vigorosa sensação de mineralidade e de expressão de "terroir". Bom sinal e um bom começo! Depois, depois surgem em leves tranches a fruta elegante, discreta, muito bem comportada. Fruta distinta e muito sóbria, sem sinais de sobrematuração ou sobre-extracção. É notória a finura aromática transmitida, a sensação de equilíbrio emanada, a paz Zen, a quase espiritualidade. Finalmente percebe-se que a madeira só o ajudou, sem marcar a prova, antes servindo de suporte, potenciando as suas virtudes aromáticas.A boca é um modelo de finura e elegância. É distinta, nobre, aristocrática, sóbria, ornamentada por um belo brasão. Final longo, muito longo, extremamente longo... temos vinho! Tanino presente, potente mas sensível e muito bem integrado, acidez vincada mas sustentadora, estamos perante um vinho atípico de Portugal e que pouco tem a ver com os seus vizinhos alentejanos.
Cavalo Maluco 2005 (Terras do Sado) - O "Crazy Horse" português apresenta cor vermelho vivo, quase violeta, com boa concentração e excelente impacto visual. É muito interessante verificar que a primeira "cheiradela" transmite de imediato uma vigorosa sensação de mineralidade e de expressão de "terroir". Bom sinal e um bom começo! Depois, depois surgem em leves tranches a fruta elegante, discreta, muito bem comportada. Fruta distinta e muito sóbria, sem sinais de sobrematuração ou sobre-extracção. É notória a finura aromática transmitida, a sensação de equilíbrio emanada, a paz Zen, a quase espiritualidade. Finalmente percebe-se que a madeira só o ajudou, sem marcar a prova, antes servindo de suporte, potenciando as suas virtudes aromáticas.A boca é um modelo de finura e elegância. É distinta, nobre, aristocrática, sóbria, ornamentada por um belo brasão. Final longo, muito longo, extremamente longo... temos vinho! Tanino presente, potente mas sensível e muito bem integrado, acidez vincada mas sustentadora, estamos perante um vinho atípico de Portugal e que pouco tem a ver com os seus vizinhos alentejanos.
Nota: 17,5 .
Preço: 24€
Syrah Selecção 2003 Quinta do Monte d’Oiro (Estremadura) - Cor vermelha qb, sem concentração cromática intimidatória ou deslumbrante. Aponta para registos vermelhos, mesmo um pouco acastanhados, cores que decididamente não estão na moda.
Este syrah mostra aromas minerais evidentes, criando bons prenúncios de prova. Está austero, sóbrio, sem luzes a piscar, sem devaneios, sem dourados ou acessórios espampanantes. Tem fruta? Sim, mas pouca, recatada e discreta. Tem notas de barrica? Sim, mas discretas e quase ausentes. Tem aromas secundários? Sim, nomeadamente leves sintomas de borracha, alcatrão e alguma mina de lápis. E no entanto, nenhum destes aromas sobressai, não se impõe, como uma família feliz onde ninguém ralha e há muito pão.A boca define o significado de um vinho equilibrado, honesto e pai de boas famílias. Mais uma vez não há acessórios inúteis, não há floreados. Antes uma harmonia e proporção considerável. A boca não tem vedetas, apenas uma equipa unida, coesa e ganhadora. A acidez permite-lhe vida longa, os taninos robustos idem e a finura de boca idem.
Syrah Selecção 2003 Quinta do Monte d’Oiro (Estremadura) - Cor vermelha qb, sem concentração cromática intimidatória ou deslumbrante. Aponta para registos vermelhos, mesmo um pouco acastanhados, cores que decididamente não estão na moda.
Este syrah mostra aromas minerais evidentes, criando bons prenúncios de prova. Está austero, sóbrio, sem luzes a piscar, sem devaneios, sem dourados ou acessórios espampanantes. Tem fruta? Sim, mas pouca, recatada e discreta. Tem notas de barrica? Sim, mas discretas e quase ausentes. Tem aromas secundários? Sim, nomeadamente leves sintomas de borracha, alcatrão e alguma mina de lápis. E no entanto, nenhum destes aromas sobressai, não se impõe, como uma família feliz onde ninguém ralha e há muito pão.A boca define o significado de um vinho equilibrado, honesto e pai de boas famílias. Mais uma vez não há acessórios inúteis, não há floreados. Antes uma harmonia e proporção considerável. A boca não tem vedetas, apenas uma equipa unida, coesa e ganhadora. A acidez permite-lhe vida longa, os taninos robustos idem e a finura de boca idem.
Nota:16
Preço: 20€
Altas Quintas Mensagem Aragonês 2005 (Alentejo) -Cor pouco pronunciada, ligeira até, com intensidade média. Aromaticamente pouco potente, quase discreto, mas limpo e muito elegante. Recorda fruta vermelha madura, algum mineral e algum vegetal. A presença de baunilha no aroma, bem como alguns aromas balsâmicos, não deixa dúvidas sobre o estágio que este vinho sofreu. Mas atenção, tudo proporcionado, discreto, fino, talvez mesmo um pouco discreto demais. Ao longo da prova o cacau, a tosta, o licor, as ervas aromáticas, o tabaco, vêm acrescentar complexidade a este curioso vinho. Um desafio para o provador.A boca é carnuda, equilibrada, longa, com taninos elegantes, quase doces. Confirma-se a fruta discreta na boca, alguma tensão, boa estrutura e um final amplo e persistente. Excelente evolução na boca.
Altas Quintas Mensagem Aragonês 2005 (Alentejo) -Cor pouco pronunciada, ligeira até, com intensidade média. Aromaticamente pouco potente, quase discreto, mas limpo e muito elegante. Recorda fruta vermelha madura, algum mineral e algum vegetal. A presença de baunilha no aroma, bem como alguns aromas balsâmicos, não deixa dúvidas sobre o estágio que este vinho sofreu. Mas atenção, tudo proporcionado, discreto, fino, talvez mesmo um pouco discreto demais. Ao longo da prova o cacau, a tosta, o licor, as ervas aromáticas, o tabaco, vêm acrescentar complexidade a este curioso vinho. Um desafio para o provador.A boca é carnuda, equilibrada, longa, com taninos elegantes, quase doces. Confirma-se a fruta discreta na boca, alguma tensão, boa estrutura e um final amplo e persistente. Excelente evolução na boca.
Nota:16,50
Preço: 18€
purosevinhos@gmail.com