Puros & Vinhos

quarta-feira, outubro 29, 2008

Rolha de cortiça

Aqui deixo um excelente filme publicitário feito por um conhecido actor norte americano Rob Schneider sobre os sobreiros e as rolhas de cortiça.

Save Miguel




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quinta-feira, outubro 23, 2008

VINHOS PARA O JANTAR DO QUINTO ANIVERSÁRIO

Visto estarmos muito em cima do evento. Este foi um bom lote de vinhos que encontrei num unico lugar e fácil de adquirir.Se não concordarem, deixem aqui outras sugestões, para que possamos apreciar em conjunto.

Nossa 2007 - É a estreia, a grande antestreia nacional do Nossa, um branco novato de um igualmente novo produtor. Directamente das Beiras, do centro de Portugal, este é o primeiríssimo vinho do produtor "Vinhos Doidos", a nova coqueluche da região centro, o primeiro vinho a desembarcar no mercado nacional. Sim, sim, é verdade, o nome é algo excêntrico e raro, mas eloquente e expressivo no estilo que os autores imprimem aos vinhos. Na verdade, o nome retrata, de forma fiel, a forma como os dois autores entendem o vinho, a saudável loucura e a paixão com que vivem o vinho.

Mas afinal, quem são estes dois autores tão misteriosos? Nada mais, nada menos, que Filipa Pato e o seu marido, William Wouters. Filipa Pato, claro, desobriga a qualquer apresentação alongada, e o seu percurso de excelência é por demais conhecido e reconhecido. William Wouters, belga de nascimento, amante do vinho, antigo escanção campeão da Bélgica, faz parte da quinta geração de uma família com longa tradição na restauração de Antuérpia. William Wouters respira e transpira vinho por todos os poros. Juntos formaram a empresa "Vinhos Doidos", forma feliz de enunciarem os vinhos que mais os transcendem.

Por ora existem dois vinhos, o Bossa e o Nossa, numa homenagem directa à Bossa-nova, ao Brasil, país onde se conheceram. O Bossa é um vinho simples e directo, sem pretensões de maior, mas este Nossa, aqui em primeira edição, é um vinho ambicioso, um branco extraordinário que irá fazer levantar muitos sobrolhos. Nasce das duas castas que mais apreciam, Encruzado e Bical, das duas regiões que mais admiram, Dão e Bairrada. É um verdadeiro vinho das Beiras, num lote clássico que junta o corpo e volume do Encruzado, com a frescura, mineralidade e dinamismo da Bical. Resultou um vinho excitante e cristalino, enorme no comprimento final, mineral como poucos, num estilo que o avizinha de vinhos de carácter mais próximos da Europa central. Muito mais que um vinho para provar, é um vinho que dá prazer beber!
Características: Região: Beiras; Teor alcoólico:13º, castas: Encruzado e Bical; Enólogo: Filipa Pato

Doda 2005 - Começou por ser Dado e agora é Doda, não por capricho ou extravagância dos progenitores, apesar da singularidade assumida pelos dois, mas por inevitabilidade, por necessidade legal. Já lá vamos! Comecemos pelo apelido de berço, pelo título académico original que resulta da contracção dos nomes Dão e Douro, as duas regiões que emprestam uvas para este vinho de mesa. Vinho de mesa sim, porque, de acordo com a legislação comunitária, a mescla de uvas de duas denominações de origem implica uma despromoção automática para a classe mais comezinha possível, o vinho de mesa. Classificação que impede a indicação de informações tão elementares e essenciais como o nome das castas ou, ainda pior, da data de colheita. Por isso, numa tentativa expedita de contornar as regras burocráticas, convencionou-se chamar à primeira edição do Dado o primeiro Dado, à segunda edição segundo Dado, sabendo que o primeiro a tomar vida foi o Dado de 2000. Só que, e é aqui que entra a mudança de nome, aparentemente o título Dado já tinha registo anterior, registo que foi agora reclamado por quem de direito. Face à necessidade da metamorfose, alterou-se o género, passando de Dado a Doda, nome que, de novo, resulta da contracção dos nomes Douro e Dão. O vinho que propomos é o quinto da série a ser publicado, deduzindo-se pois que será o Doda de 2005.

Douro e Dão porque os seus autores, Dirk Niepoort e Álvaro Castro, os dois "enfant terrible" de Portugal, sempre acreditaram na complementaridade da relação. Sempre confiaram que a comunhão entre a generosidade, a fruta e o corpo do Douro poderiam ser bem temperados pela sobriedade, acidez e frescura do Dão. Que o vigor do Douro poderia ser bem condimentado e revigorado pela delicadeza do Dão. E é precisamente isso que este Doda nos oferece, um vinho poderoso mas contido, musculado mas delicado. Um Doda que começa avassalador na potência e termina macio e aveludado, sedutor e melodioso. E para mais, é um vinho de mesa que sabe envelhecer...
Características: Região: Douro e Dão; Teor Alcoólico:14º; Enólogo: Dirk Niepoort e Álvaro castro

Cantina del Notaio La Firma 2005- Tal como todos os outros rótulos da Cantina del Notaio (Adega do Notário) também este "La Firma" simboliza um acto notarial, neste caso "A Assinatura". Tudo porque Gerardo Giuratrabocchetti, o efusivo e apaixonado dono, de nome impronunciável, decidiu abandonar a profissão de notário para se dedicar a tempo inteiro à terra herdada do pai. Para se dedicar à casta Aglianico del Vulture, a única casta tinta com que trabalha, a única em que acredita, a sua paixão. Uma casta de origem grega, de pequeníssimos bagos e produções quase ridículas, a estrela de Basilicata, bem lá no sul de Itália. Vinhas velhas plantadas nos solos ácidos das encostas escarpadas do antigo vulcão Vulture, a uma altitude média de 600 metros. Vinhas vindimadas em meados de Novembro, com períodos de maturação muito alargados, vinhas em certificação biodinâmica. Vinhos fermentados e estagiados em grutas naturais profundas e frescas. Duro, concentrado, denso, opaco, terroso, este La Firma 2005 é um vinho capaz de despertar paixões e tormentas. Um vinho com um equilíbrio estrondoso entre a potência e a contenção. Um vinho de paixões e dramas, um vinho verdadeiramente italiano na alma. Um vinho carregado de carácter!
Características: Região:Basilicata; castas:Aglianico del Vulture;Teor Alcoólico:14,5º; Enologo: Luigi Moio

Neo 2005 -Este Neo faz parte da última fornada de vinhos a surgir em Ribera del Duero, a terceira vaga de uma das regiões mais dinâmicas e estimulantes de Espanha. A primeira oportunidade nasceu pela mão dos pioneiros, dos criadores da denominação de origem, que criaram tintos sólidos, poderosos e gulosos, dando o empurrão para a criação e destaque da denominação. A segunda vaga favoreceu os grandes projectos, as grandes ambições, os desvarios, os investimentos imensos, nem sempre de capital ligado ao vinho. Nasceram as adegas modelares, a arquitectura deslumbrante e monumental, os grandes investidores, a mediatização. E agora, agora assistimos a um retorno ás origens, ao lema "small is beautiful", ao despontar de uma nova mão-cheia de produtores, pequenos produtores que apostam de forma decidida na excelência, nas pequenas produções cuidadas. Produtores artesanais, produtores de garagem, produtores que sempre venderam uvas a terceiros, e que agora, num movimento quase imparável, decidiram dar o grande passo.

É uma Ribera del Duero para conhecedores, para iniciados, o despontar de uma nova era. A proposta vai para um dos novos ícones desta terceira vaga, o novo sangue da região, o Neo 2005. Como fazer um grande vinho em Ribera del Duero? Bom, começamos por reunir um trio de apaixonados pelo vinho, um trio de jovens emocionados e encantados com o seu trabalho... e deixamo-los sonhar. Depois é só por mãos à obra, seleccionar a melhor fruta e deixar a natureza expressar a sua vontade sem grandes interferências. Parece simples, mas por trás deste vinho há muito suor, muito trabalho e muita alma. Neste momento ainda necessita de um pouco mais de tempo em garrafa para suavizar algumas arestas, para domar a juventude, para ganhar simetria, mas as indicações são seguras. É um vinho faustoso nas matizes frutadas, no exotismo das especiarias, na frescura do final de boca, e, acima de tudo, um vinho com um temperamento plenamente assimilado com a Ribera del Duero.
Caracteristicas: Região: Ribera del Duero; Castas: Tempranillo; Teor Alcoólico: 14º; Enologo: Javier Ajenjo, Julio Conde e Jose Luis Simon

L'Auntentica 2005 - Para a sobremesa a sugestão vai para este vinho sublime, surpreendente pelo exotismo e complexidade. Um vinho de cunho profundamente mediterrânico, doce e suave, um vinho de deleite, de puro prazer hedonista. É fácil acreditar que chegámos ao paraíso quando provamos o L'Autentica 2005. A doçura do mel, a beleza dos frutos secos, a frescura do limão, o tempero das ervas aromáticas, o embalo dos balsâmicos, surgem maravilhosamente temperadas pela acidez firme que o aviva, refresca e prolonga na boca. Uma sensação maravilhosa de deleite, de volúpia e prazer.

Mas acreditem, não é fácil conseguir edificar um vinho doce fresco e vibrante em Basilicata, no sul de Itália. Não fora a altitude elevada das vinhas, nas encostas do extinto vulcão de Vulture, não fora a elevada acidez dos solos vulcânicos (como na ilha da Madeira), e a magia não sobrevinha. Para o fascínio deste L'Autentica trabalham também as duas castas do lote, Moscatel de Vulture e Malvasia de Vulture, duas castas autóctones, variantes locais das duas castas mais emblemáticas do mediterrâneo. O último segredo assenta na longuíssima fermentação, mais de dois meses, seguida de um estágio de 14 meses em barricas novas de carvalho francês. Razões mais que suficientes para não perder um dos segredos mais bem guardados de Itália...
Caracteristicas: Região: Basilicata; Castas:70% Moscatel del Vulture e 30% Malvasia del Vulture; teor Alcoólico:14º; Enologo: Luigi Moio

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sexta-feira, outubro 17, 2008

10ª Prova á Quinta

R Rieussec 2004 Br (França/Bordéus) - Cor amarela dourada, sem ser demasiado pronunciada, uma cor linda que desperta curiosidade imediata. Aroma com forte presença vegetal, notas claras de barrica, algum fumado, presença explícita de fruta cozida e fruta em calda, sem no entanto insinuar qualquer tipo de doçura. Pêra cozida, alperce em calda, ervilhas, urtigas, é um branco deveras original e apelativo.
Estruturado, cheio, denso sem nunca ser viscoso, confirma por inteiro aquilo que o nariz sugeria. Seco, cristalino n
a acidez, temos um vinho de guarda, um branco diferente que nos revela qualidades e virtudes inesperadas. Não será um branco consensual, não tem fruta fácil e evidente, não tem aromas tropicais, mas tem "raça"!

Média: 14.84

Grau:12.5º

Uvas: Sémillon e Sauvignon Blanc

Preço: 12€

Quinta do lagar Novo Viognier 2006 (Estremadura)- Nariz com fortes notas aromáticas a ameixa, maracujá e manga. Corpo glicerinado, gordo, muito plano. Que distância de um Viognier francês ou mesmo português. Não é que o vinho apresente defeitos, o problema é que também não apresenta características marcantes que o tornem original ou particularmente interessante.

Média: 13.09

Grau:14º

Uvas: Viognier

Preço: 11€

Herdade do Porto da Bouga Reserva 2007 (Alentejo)- Nariz simples, com o aroma a cereja envolvido em sensações de lavagem de lagar. Na boca, a percepção de corpo médio confere-lhe uma entrada envolvente. Com a evolução emagrece ligeiramente, terminando curto/moderado, com estrutura leve, acidez agradável e sabores frutados. Um vinho correcto que se bebe despreocupadamente.

Média:12,67

Grau:13,

Uvas:?

Preço:4,22


Quinta do Foz do Arouce Vinhas Velhas Santa Maria 2005 (Beiras) - Aroma fechado. O vinho necessita, no mínimo, de uma hora de abertura para perder a rusticidade do aroma conferido, certamente, pela casta baga. Surge mais tarde as especiarias e a boa madeira.
Na boca o vinho é encorpado, com boa acidez e concentração de sabores moderada. Os taninos conferem alguma secura mas o conjunto é equilibrado. A envolvência do palato é moderada com aromas da casta baga, e o final é médio, com persistência da fruta.

Média: 13.35

Grau:14º

Uvas: Baga

Preço: 30€


S de Soberanas 2004 (Terras do Sado) - este S mostra-se muito interessante de aromas, um tinto de cor rubi profunda, escuro e denso. Nariz quente, generoso, com bela fruta madura, ameixa preta, cereja e amor e, chocolate preto, temos um tinto muito apetecível, guloso, mas simultaneamente austero e sereno, uma curiosa combinação de juventude irrequieta e sabedoria ponderada. Leve floral, tem final perfumado de muito belo efeito. Interessantes notas de cedro, a madeira está muito bem integrada e harmoniosa.
Boca fresca, ataque possante mas contido, acidez muito bem proporcionada, taninos poderosos mas bem-ed
ucados, este s de Soberanas está um bonito vinho, um "blend" feliz entre classicismo e modernismo. Final longo e intenso, é um vinho amigo da mesa, local onde se sente em casa.

Média:16

Grau:14º

Uvas: Trincadeira e Alicante Bouschet

Preço: 26€


Viñas Argentinas Malbec 2007 (Argentina) - o aroma surge quente e com os frutos vermelhos em evidência.
Na boca, o vinho tem corpo leve apresentando-se algo plano no palato. Os taninos são discretos, conferindo uma textura suave. A acidez perceptível não consegue dar frescura suficiente à concentração moderada de sabores marcados pela madeira. O final de boca é ligeiramente curto, completando um conjunto sem atributos especiais.

Média:15.34

Grau:13º

Uvas: Malbec

Preço: 4€


Soberana 2004 ( Terras do Sado)(visto que este vinho é um repetente neste tipo de prova, decidi que esta nota de prova seja igual á feita na sexta prova á quinta, só a média final varia)

A madeira dá suporte a aromas de frutos vermelhos, florais e vegetais. Algum álcool a prejudicar a prova. Na boca o vinho está austero. Os taninos conferem uma secura que encobre os sabores da fruta. O vinho tem corpo médio/cheio mas a estrutura não aguenta o álcool. O comprimento no palato é moderado, e o final de boca é médio/longo. A acidez é elevada e promete um bom futuro para o vinho, apesar do final de copo revelar alguma acidez volátil, indicando que o vinho necessita de tempo para estabilizar.

Média: 15,34

Grau: 14.5º

Uvas: Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet, Alfrocheiro e Tinta Caiada

Preço:12,75€


Foi ainda provado um Quinta do Infantado 2005, mas não deixo nota de prova nem a classificação por achar que o vinho tinha TCA. Pelo menos 2 dos 6 provadores tiveram essa sensação.


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segunda-feira, outubro 13, 2008

Chegaram as Edições Limitadas 2008 de Habanos

Começaram a ser distribuidos pelos vários mercados europeus, e desde logo pelo português, as três vitolas das Edições Limitadas 2008 de Havanos. Tratam-se dos Sublimes da MonteCristo, as Pirâmides da Cuaba e o Serie D nº 5 da Partagás.

Estas três vitolas que compõem as Edições Limitdas 2008 que agora passam a estar disponíveis apresentam-se com formatos da predilecção dos fumadores portugueses, e se os níveis de qualidade que caracterizam as Edições Limitadas se mantiverem, irão constituir um sucesso junto dos fumadores mais exigentes e sofisticados.


O MonteCristo Sublimes é um Grand Robusto, com um generoso cepo de 52 (diâmetro 20,64 mm) e com um comprimento de 164 mm. Está vestido com uma bela capa de um tom castanho forte, que os cubanos chamam de colorado, e as folhas de tabaco que o enrolaram, desde da tripa, ao capote e à capa, especialmente seleccionadas para poderem ostentarem a cinta de edição limitada, passaram por um processo de envelhecimento, de pelo menos dois anos. As características deste charuto são as típicas da MonteCristo, com a sua fortaleza média-forte e com os seus aromas complexos. Estes MonteCristos especiais apresentam-se em caixas de madeira natural com 10 charutos.


A outra vitola destas Edições Limitadas 2008, é o Cuaba Pirâmides. Pela primeira vez a marca Cuaba é seleccionada para uma Edição Limitada. Estas Pirâmides têm um comprimento de 156 mm e um cepo 52 (20,64 mm). Este Figurado irá seguramente ao encontro do gosto dos grandes apreciadores deste tipo de formato. Apresentam-se também com uma capa de cor castanha, bem enrolado, e espera-se que nesta vitola de Edição Limitada se manterá a mesma liga de tabacos que distingue a marca Cuaba, com os seus aromas e sabores “amadeirados”, e com uma fortaleza média-forte. Apresentam-se em embalagens de 10 unidades.


Finalmente o Partagás Serie D nº5 que, desde que foi anunciado por Habanos SA em Fevereiro passado, tem criado uma grande expectativa entre os muitos fumadores habituais dos Partagás Serie D nº 4. Este Serie D Nº 5, tem um comprimento de 110 mm e um cepo 50 (19,84 mm). Trata-se por isso de um pequeno formato, com um diâmetro de um Robusto. Poderemos dizer que é um Pequeno Robusto, embora este formato, na marca Hoyo de Monterrey, seja ligeiramente mais pequeno em 8 mm. São muitos os que vaticinam um grande sucesso para esta vitola, tal como aconteceu com o Serie D nº4, pois manterá os sabores e aromas característicos e distintos da marca Partagás, mas também pelo seu pequeno comprimento, que estará mais de acordo com “estes tempos” em que muitos fumadores nem sempre disporão de tempo suficiente para degustar uma vitola de grande dimensão. Esta Edição Limitada apresenta-se em caixa de madeira natural com 25 unidades.


Tal como os Vintages do Vinho do Porto, ou as Cuvées Spéciales Millésimées do Champagne, também estes charutos de Edições Limitadas, requerem do fabricante um grande empenho na sua qualidade final, pelo rigor na selecção das folhas de tabaco, oriundas seguramente das melhores vegas, cuidadosamente envelhecidas, por um período de pelo menos dois anos, e serem estes charutos enrolados pelos melhores e mais experimentados torcedores. Desde que se iniciaram em 2001, estas Edições Limitadas tem proporcionado algumas e boas surpresas. É o que se espera, venha a suceder, com estas três vitolas especiais de 2008.


Post Scriptum: esta foi a contribuição de mais um anónimo.


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segunda-feira, outubro 06, 2008

VINHOS PROVADOS NA FEIRA DE OUTUBRO 2008 VFX

Quinta de Sant’Ana Sauvignon Blanc 2007 (Estremadura) - Mostra cor amarelo palha muito clara, aromas primários de fruta exótica, manga, papaia. Leves notas vegetais, um pouco de espargos e erva verde.
Acidez fina, estaladiço, algo vegetal, defende-se bem na boca, mesmo que esteja muito uni dimensional. Usa e abusa da fórmula espargo silvestre, não deixando espaço livre para que outros componentes sejam sentidos no palato. É um vinho muito agradável, alegre, leve e bem-disposto, mas demasiado simples, directo e previsível, para poder aspirar a outros voos. Ainda assim é uma boa aposta, uma aposta que tem todas as condições para ser bem sucedida.

Nota Pessoal: 16

Grau:14º

Uvas: Sauvignon Blanc

Preço:17€


Casa de Santa Vitória Touriga Nacional 2006 (Alentejo)Mais um vinho de cor escura, um púrpura intenso que agrada à vista. Fruta, fruta, e mais fruta. Fruta doce, muito madura, compota, geleia, fruta quase decadente de doçura, muita ameixa, amora, ginga, cassis, uma orgia sensual de fruta madura. Para temperar este festival de doçura, temos um travo de menta e pimenta preta que lhe conseguem transmitir alguma frescura.
Para quem espera um tinto pesadão, aveludado e gordo, desenganem-se, o vinho consegue manter uma frescura inesperada, uma alegria contagiante que o alegra na boca. Taninos perfeitamente domados, acidez generosa. Não esperem milagres, não temos aqui um vinho extraordinário ou para meditar, apenas um tinto muito agradável de beber e de empatia imediata. Um festival de fruta bem explícita mas bem-educada que irá alegrar uma larga fatia de consumidores!


Nota Pes

soal: 16,50

Grau:14º

Uvas: 90% Touriga Nacional 10% Alicante Bouschet

Preço:14,5€


Mouras de Arraiolos Reserva 2005 (Alentejo) - Fruto preto, muito fruto preto a marcar o nariz. A complexidade é completada com aromas a resina e, eucalipto. Na boca, o vinho é encorpado, fresco e concentrado a fruto preto. A carga tanínica, envolvida no fruto preto, cria um final de boca médio/ longo, com persistência ligeiramente amarga, a fazer lembrar chocolate. A força deste vinho é também evidente na persistência aromática e de sabores prolongados no palato médio. Um vinho muito bem feito e consensual. Um vinho com uma boa RQP.


Nota Pessoal:16

Grau:14

Uvas: Syrah

Preço:8,45€


170º Aniversário da Companhia das Lezírias 2005 (Ribatejo) - Cor vermelha muito ligeira para este vinho Ribatejano, uma cor leve e pouco densa. Nariz clássico do Cabernet, boa fruta, ameixas, groselha preta e passas.

Pimento e pimenta na boca, amora, boa acidez, taninos suaves, percebe-se o perfil tradicional deste vinho, está um vinho apetecível, relativamente elegante, bem feito.



Nota Pessoal: 15

Grau: 13.5º

Uvas: Alicante Bouschet, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon

Preço:15€


Dehesa Gago 2006 (Toro/Espanha) - Um tinto com grande pendor frutado - morango, framboesa e amora, sugerindo nuances compotadas. Bem como pontas caramelizadas que ganham expressão com a maior exposição ao ar. Medianamente encorpado, entra macio. Boa persistência aromática, desconcertada, com uma acentuada doçura a contrastar com a adstringência e o carácter secante da estrutura de taninos. Moderno no estilo, um Telmo Rodríguez de combate, com preço a condizer, capaz de recolher o aplauso junto de muitos consumidores, no qual eu me incluo.


Nota Pessoal:16

Grau:15º

Uvas: Tempranilo

Preço: 10€


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